Olhe para o seu trabalho como se ele tivesse sido realizado pelo seu inimigo. Se você olha para admira-lo , então está perdido. Samuel Butler.
Eu sempre fui apaixonado pela arte, em especial o desenho e a pintura, parte desse interesse parece residir no meu dom natural, na minha capacidade artística nata, aprimorada com treino e estudo, aprimorada no meu ponto de vista, é claro!
Desde cedo desenhava. Quando criança, por falta de papel e lápis, por ser muito pobre, rabiscava na terra: árvores, pessoas e carros e todos tipos de coisa que me viessem a mente... Meus colegas me rodeavam admirando minha habilidade. Eu gostava muito do dia que se seguia às chuvas, o chão ficava mais receptivo à criatividade. Com o sol tímido a aquecer o solo, a terra ia se depreendendo aos poucos da umidade e formando uma camada fina de areia que servia como apagador. Ali, naquele momento me sentia um Pablo Picasso, mesmo nem sabendo quem era Pablo Picasso... Cedo também aprendi a apreciar meus trabalhos, às vezes, com admiração excessiva, desproporcional às qualidades técnicas e artísticas da obra.
A gente demora a aprender mais quando aprende é para sempre, para “o resto de nossas vidas” (que expressão horrível), pois atribuir valor exagerado ao que fazemos é tão nocivo como não atribuir valor algum. O grau da nossa frustração pode ser medido pelo grau da importância que damos ao nosso trabalho. Com certeza Van Gogh sofreria menos se desse menos importância aos seus quadros e Lima Barreto aos seus textos...( que besteira foi essa que eu acabo de escrever!)Isso eu não aprendi até hoje, pois sempre quando estou pintando, penso que estou realizando uma obra-prima. Depois, com o arrefecer das emoções e a urgência financeira, me conformo se ao menos conseguir vende-las.
Na vida também é assim, quando ajudamos alguém, nos achamos o maior benfeitor da humanidade. Aguardamos e esperamos a gratidão eterna por atos que se investigados profundamente pela filosofia ou psicologia nem sequer poderiam ser chamados de bons. Sempre que nos sentimos injustiçados pelo não reconhecimentos de nossas obras e grandes feitos “filantrópicos” é bom pensar nos nossos inimigos como autores desses mesmos atos, ai a coisa muda de figura completamente... A ação pode até ser a mesma, mas o valor e o resultado serão friamente minimizados, adquirirá irremediavelmente outra tonalidade, muitas vezes se tornará incolor.
Desde cedo desenhava. Quando criança, por falta de papel e lápis, por ser muito pobre, rabiscava na terra: árvores, pessoas e carros e todos tipos de coisa que me viessem a mente... Meus colegas me rodeavam admirando minha habilidade. Eu gostava muito do dia que se seguia às chuvas, o chão ficava mais receptivo à criatividade. Com o sol tímido a aquecer o solo, a terra ia se depreendendo aos poucos da umidade e formando uma camada fina de areia que servia como apagador. Ali, naquele momento me sentia um Pablo Picasso, mesmo nem sabendo quem era Pablo Picasso... Cedo também aprendi a apreciar meus trabalhos, às vezes, com admiração excessiva, desproporcional às qualidades técnicas e artísticas da obra.
A gente demora a aprender mais quando aprende é para sempre, para “o resto de nossas vidas” (que expressão horrível), pois atribuir valor exagerado ao que fazemos é tão nocivo como não atribuir valor algum. O grau da nossa frustração pode ser medido pelo grau da importância que damos ao nosso trabalho. Com certeza Van Gogh sofreria menos se desse menos importância aos seus quadros e Lima Barreto aos seus textos...( que besteira foi essa que eu acabo de escrever!)Isso eu não aprendi até hoje, pois sempre quando estou pintando, penso que estou realizando uma obra-prima. Depois, com o arrefecer das emoções e a urgência financeira, me conformo se ao menos conseguir vende-las.
Na vida também é assim, quando ajudamos alguém, nos achamos o maior benfeitor da humanidade. Aguardamos e esperamos a gratidão eterna por atos que se investigados profundamente pela filosofia ou psicologia nem sequer poderiam ser chamados de bons. Sempre que nos sentimos injustiçados pelo não reconhecimentos de nossas obras e grandes feitos “filantrópicos” é bom pensar nos nossos inimigos como autores desses mesmos atos, ai a coisa muda de figura completamente... A ação pode até ser a mesma, mas o valor e o resultado serão friamente minimizados, adquirirá irremediavelmente outra tonalidade, muitas vezes se tornará incolor.
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