quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Por que esse antipático não fala nada?



Não gosto do gesto coletivo, se a ordem é levantar a mão não levanto... Abraçar, não abraço...Abençoar, não abençôo...Até alguns hinos evito cantar, não por falta de gosto e sim por não ser a expressão sincera do meu coração...
No gesto coletivo há o automatismo e o automatismo é nada mais que a ação não voluntária que nasce da vontade alheia, às vezes, tão distante da nossa, como o sol da terra. O automatismo não agrada nem um pouco a Deus. “Que negócio é esse de virar para o seu irmão e dizer algo que nem está passando nem pela nossa cabeça, nem pelo nosso coração? E a consciência cristã?
O automatismo não agrada a Deus mesmo! É só Lembrar de Adão e Eva, nossos primeiros pais, tivessem eles sido autômatos o mundo estaria melhor, não do ponto de vista do livre-arbítrio. Bastava Deus chegar de manhã e comandar o culto matinal:
__Todos de pé! Mão pra cima! Repitam comigo! Não vou comer o fruto proibido!
À tarde e à noite repetir o mesmo ritual com o mesmo fervor e entusiasmo, enfim a própria serpente enfastiada desistiria de seus propósitos funestos...
Hoje é comum nas igrejas evangélicas a exaltação do gesto coletivo. Os pregadores passam o culto todo ordenando façam isso ou aquilo, berrando e gesticulando feito macaco de circo, transformando a pregação num sofrível programa de auditório...
Repetir palavras e frases só de boca pra fora é coisa de fariseu e saduceu, gente muito querida por Jesus, gente que vivia a repetir orações decoradas e textos decorativos...
Para finalizar só vou dizer mais uma coisa: não existe nada mais desolador do que encontrar” na rua o “irmão que vira a cara para você, a mesma figura que no culto dominical, no auge do automatismo evangélico, sorriu, te cumprimentou e calorosamente repetiu:
__Deus te abençoe!!!
J.Duarte

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