sábado, 30 de janeiro de 2010

Um mundo melhor

Um mundo melhor...

Para os problemas de ordem moral só há uma solução: a estética. Explico. O mundo nessa nova ordem seria dividido em belos e feios... Todas as pessoas nasceriam bonitas e a beleza permaneceria intacta até a idade da razão. Apartir desse momento ter boa aparência estaria ligado implicitamente à boa conduta moral, ou seja, da idade da razão em diante manter-se belo seria sinônimo de manter-se correto. A ética e a estética andariam de mãos dadas festejando o triunfo do bem.

Para cada defeito, erro, delito, infração, crime haveria um tipo de degradação física correspondente que nem o doutor Hollywood daria jeito e dependendo da gravidade da conduta a alteração da aparência poderia ir de um dente cariado a um nariz colossal ou gigantismo disforme. A falsidade e a hipocrisia estariam com os seus dias contados. Artistas e astros da TV só garantiriam seus empregos mediante árduo esforço ético. O mentiroso crônico seria reconhecido a distância, mesmo antes de abrir a boca. Seu andar manco não o deixaria passar despercebido nem em baile de carnaval. Os adúlteros teriam mau-hálito e estrabismo, ladrões ficariam corcundas e políticos seriam escalados para fazer filmes de terror... Revistas de mulher peladas e produções pornográficas teriam como protagonistas megeras tribufus com o seio no umbigo e as nádegas no calcanhar.

E para aqueles que insistissem no erro e na maldade a degradação física iria dá lugar a degradação orgânica... As palavras de Paulo: “O salário do pecado é a morte, seriam literalmente interpretadas por todos. As farmácias só funcionariam como centro de recuperação moral.

Teríamos um mundo equilibrado e justo e ninguém mais se atreveria a enganar ou explorar o próximo. A riqueza jamais poderia coabitar com a pobreza. Ou todos seriam ricos ou todos seriam pobres...

Este é meu sonho de um mundo melhor...

Um comentário:

Unknown disse...

A analogia com a obra do célebre Platão, " La utopia" de um Estado justo e perfeito, Não é mera coincidência; na verdade é uma crítica sarcástica dessa nossa sociedade fútil, ditada pela mídia que vende seu produto como se fôssemos todos deuses gregos, ou melhor, que para alcançarmos o sucesso, precisamos ser.
As massas são sempre (...).